Santa Catarina fechou o mês de novembro com faturamento de US$ 923,5 milhões nas exportações, 5,1% mais do que no mês anterior, na série livre de ajustes sazonais. Esse foi o primeiro aumento na análise mensal após quatro quedas consecutivas. Problemas de clima no exterior e melhora na economia dos Estados Unidos ajudaram.
A balança comercial do Estado, acompanhada mensalmente pelo Observatório Fiesc, da Federação das Indústrias de Santa Catarina, mostrou também que os Estados Unidos voltaram a ser o principal mercado externo de Santa Catarina em novembro, com exportações de US$ 162,8 milhões, seguido pela China, com US$ 129,6 milhões. O terceiro maior parceiro comercial foi o México, que ultrapassou a Argentina.
Soja, transformadores elétricos e madeira puxam alta
Um dos produtos que puxaram a alta das exportações catarinenses em novembro foi a soja. Ela alcançou receita de US$ 80,5 milhões no mês, com crescimento de mais de quatro vezes comparado a novembro do ano passado e o maior cliente é a China.
Essa venda elevada fora de época está ligada a problemas climáticos nos Estados Unidos e Canadá. Devido à seca, os americanos estão com dificuldades para escoar a soja pelo Rio Mississipi, por onde destinam as exportações. Além disso, também devido à seca, o Canal do Panamá está com menos água e, por isso, está movimentando menos navios.
Outros destaques positivos de Santa Catarina nas exportações de novembro foram o amento de embarques de transformadores elétricos e de madeiras para construção aos Estados Unidos. Os transformadores elétricos ganharam 10 posições em 12 meses segundo o Observatório Fiesc. Por isso, o grupo de equipamentos elétricos nas vendas externas cresceu 5,3% frente a novembro de 2022.
A volta da venda de madeiras para construção nos Estados Unidos significa que a economia americana, apesar dos juros mais altos, está estabilizada e voltando a investir no setor de construção civil. Gradativamente, outros produtos que ainda sofrem em função da crise inflacionária global, como revestimentos cerâmicos e móveis, também voltarão a aumentar exportações aos EUA.
Além disso, também tiveram mais influência no resultado das vendas externas o crescimento de exportações de sucata de ferro para a Índia, de recipientes de papel para os Estados Unidos, México e Paraguai, e de aparelhos de conexões para circuitos elétricos para a Argentina.
Menos exportações para a Argentina
Empresas catarinenses exportaram menos para a Argentina no mês passado porque o mercado vizinho passava por elevada instabilidade devido à troca de governo. O país perdeu o posto de terceiro destino de exportações de Santa Catarina pelo México, para onde agroindústrias destinaram mais carne. A expectativa é de que a Argentina retome gradativamente a posição de terceiro maior mercado externo do Estado, dependendo dos resultados da política econômica do país.
Fonte: NSC Total