Itapema amanheceu abalada por uma chacina ocorrida na noite de sábado (28), na região da Meia Praia. Um triplo homicídio, envolvendo facções rivais, deixou rastros de violência e morte, e a Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) agiu rapidamente para prender parte dos envolvidos.
Entre os mortos está Edson Mateus Almeida, figura central em uma organização criminosa, apontado como chefe de uma facção responsável por diversos crimes na região sul do Brasil.
O crime ocorreu na Rua 276, esquina com a Terceira Avenida, quando três homens, armados, desceram de um Fiat Palio branco e abriram fogo contra um Honda Civic LXL. Dentro do veículo, Edson Matheus de Almeida foi alvejado e morreu no local, enquanto Gabriel Vinicius Santana foi encontrado embaixo do carro, também em óbito. Um terceiro ocupante, Ricardo Luiz Silva Santos, sobreviveu com ferimentos nas pernas e foi socorrido pelo SAMU, sendo encaminhado ao hospital. Uma quarta vítima, ainda não identificada, tentou fugir, mas foi perseguida e executada a poucos metros de distância.
Logo após o ataque, os criminosos fugiram em alta velocidade no Fiat Palio, que foi posteriormente incendiado em uma estrada nas proximidades de Tijucas. As câmeras de segurança da área capturaram o momento do ataque, revelando que os atiradores agiram de forma rápida e calculada.
Na manhã deste domingo, o delegado Adriano Garcia Evangelista, da Polícia Civil de Sarandi, no Paraná, concedeu uma entrevista exclusiva ao Jornal Razão, revelando novos detalhes sobre a chacina. Segundo o delegado, uma das vítimas, Edson Matheus de Almeida, era um criminoso conhecido na região e suspeito de liderar uma facção envolvida em tráfico de drogas e armas. Edson era responsável por emprestar armas de fogo para traficantes, além de estar envolvido em cerca de 20 homicídios ocorridos entre 2020 e 2024, conforme os dados preliminares das investigações.
O delegado também afirmou que a execução de Mateus Almeida foi orquestrada por uma facção rival, liderada por Marcos Paulo Leite da Silva, mais conhecido como “Nego Fi”. Nego Fi é considerado um criminoso de altíssima periculosidade e está foragido do sistema prisional desde que foi beneficiado pela “saidinha”, o que permitiu sua fuga do regime semiaberto. Condenado por uma tentativa de homicídio contra um policial da ROTAM em Sarandi, ele é o principal alvo das autoridades, que agora tentam capturá-lo.
A operação da PMSC culminou na prisão de quatro pessoas ligadas ao crime. Wagner Guilherme Posteraro Neves de Carvalho, Vitor Kauan Vieira Lima e duas mulheres foram presas no condomínio Eco Ville, no bairro Ribanceira do Sul, em São João Batista. A polícia localizou o Hyundai HB20 utilizado pelos criminosos para fugir após incendiarem o Fiat Palio. No apartamento foram encontradas armas, munições, tocas ninja e pequenas quantidades de drogas.
Patrícia, que estava com seu bebê no momento da operação, autorizou a entrada dos policiais em sua residência, onde as evidências foram apreendidas. Os homens presos confessaram serem os autores do triplo homicídio e relataram que Nego Fi, cunhado de Thainara Leite da Silva, havia fugido antes da chegada da polícia.
Vídeo mostra momento exato de triplo homicídio que chocou Itapema
Dada a gravidade do crime e a periculosidade de Nego Fi, a Polícia Civil do Paraná está em alerta máximo, montando um cerco em diversas fronteiras para impedir que o criminoso fuja para fora de Santa Catarina.
Fonte: Jornal Razão